Um gênio da atuação morreu hoje.
Gene Wilder morreu hoje.
Escrevo esse post com a sensação que deveria ter vindo antes, não apenas em homenagem póstuma ao grande ator norte-americano. A carreira de Wilder foi de grandes (sempre memoráveis) atuações. E, se hoje, ele é lembrado muito mais pelo seu Willy Wonka da Fantástica Fábrica de Chocolates (1971) é dever dos apreciadores do cinema conhecer mais da sua filmografia.
No entanto, é sobre o Wonka de Wilder que escrevo. Uma das grandes comédias da história é também uma das memórias afetivas mais preciosas da minha infância. Todos temos filmes que marcam nosso primeiro contato com a arte cinematográfica e suas raízes são carregadas para toda a vida. Assim é a atuação de Wilder: o diretor Mel Stuart cria um clima tão fascinante no primeiro ato do filme que qualquer um tem desejo de obter um bilhete dourado. E retratando as intempéries que a população mundial levou para buscar e conseguir os cupons, além da simplicidade e pureza do garoto Charlie, quando chega o derradeiro momento da abertura dos portões da fábrica este clímax da importância das indústrias Wonka (e, certamente do seu fundador) para o mundo é o momento perfeito para o grande astro Gene Wilder aparecer. Eis que surge um Willy Wonka cansado, mancando e de expressão sofrida e aí, bom….O resto é história e 9 entre 10 pessoas conhecem.
Desde então, o magnetismo do ator nos conduz àquela fascinante jornada que entre alegorias e rios de chocolate aborda temas adultos como a honestidade e a arrogância.
A cena, das mais belas, que descrevi acima, você vê no vídeo abaixo 😉