Do carrossel a playlist: uma dose de nostalgia sonora

Aos emocionados executivos da Kodak, Don Draper apresentava a campanha publicitária do projetor de slides da empresa na década de 60. Na fictícia Mad Men (episódio 13, temporada 1), a ideia de um simples projetor não trazia o apelo necessário e a brilhante ideia – executada no mundo real e levada a cabo na série – pautava que as imagens escancaradas por um projetor eram mais do que nova tecnologia; eram um carrossel, um convite a um parque de diversões em que cada parada era um afago nostálgico, uma memória eternizada e suas implicações na história de cada um. Assim é a nostalgia, um vício perigoso a qualquer um, que nunca é ruim (afinal, você já teve uma memória nostálgica que preferiu esquecer? provavelmente não) mas, se consumida na dose certa, ajuda a melhorar o presente.

Permanecem 60 anos depois da Kodak e seu projetor (e sua falência) exemplos que a tecnologia ainda nos traz de pílulas nostálgicas na medida certa. São tantos que, com frequência, nem percebemos ou dedicamos tempo. A última que consumi e vale o post, e funciona de certa forma como uma publicidade espontânea e gratuita, é o recurso que o app Shazam traz ao sincronizar as “descobertas” de músicas – àquelas músicas que você ouve em algum lugar e precisa saber o nome, artista – à players de músicas, como o Spotify. Neste streaming, a playlist automaticamente criada pelo Shazam com os sons descobertos vão sendo empilhados um após o outro. E aí, sem prestar muita atenção a isto, chega o dia em que você decide ouvir os sons e, um a um, te levam às memórias de onde você os ouviu, onde você estava (e com quem!) e, principalmente, quem você era naquele instante.

*citei o Shazam, mas provavelmente seus conrrentes disponibilizam funções similares.

A supracitada cena de Mad Men e a caixa de Pandora nostálgica que ela abre:

15 segundos de chiado

Num vídeo recente do canal Meteoro (https://www.youtube.com/watch?v=PxFAiejrHBM) em meio a um resgate das três principais distopias do século passado (Admirável Mundo Novo, 1974 e Fahrenheit 451) certo assunto surge como ponto de reflexão: a comunicação mais visual do que escrita e os emojis como peça simbólica do nosso tempo. Embora não se estenda em explicar ou dissecar o tema, o vídeo termina e as questões brotam na mente em frente a uma tela preta.</p> vídeo recente do canal Meteoro em meio a um resgate das três principais distopias do século passado (Admirável Mundo Novo, 1984 e Fahrenheit 451) certo assunto surge como ponto de reflexão: a comunicação mais visual do que escrita e os emojis como peça simbólica do nosso tempo. Embora não se estenda em explicar ou dissecar o tema, o vídeo termina e as questões brotam na mente em frente a uma tela preta.

Sem a pretensão de cientificar algo muito mais profundo do que poucos parágrafos escritos numa manhã de inverno com sol, as imagens (e vídeos) são peças fundamentais da nossa cultura, porém entre tantos efeitos colaterais o mais grave é nos levar por um caminho de imediatismo ou superficialidade.

Os 15 segundos iniciais padrão de apenas chiados no início de um LP, o vinil, hoje são no máximo, nostalgia momentânea, mas geralmente acompanhados de uma inquietação e senso de urgência pelo que virá a seguir e também contemplações não entendíveis num 2020 como “Por que colocar trecho sem música num disco?”. Qual a razão? Perguntamos tanto isso como sociedade que a vida tem momentos de contemplação mais breves, despercebidos às vezes e, como provoca o vídeo do Meteoro, expressos por um simples emojis. Feliz, triste, engraçado. Tudo é simples na linguagem visual. Mas a simplicidade não nos tornou mais ágeis ou práticos como fomos ensinados a crer e sim, mais superficiais. O quanto a mais você descobre do seu mundo se emojis darem lugar a pensamentos complexos e à observação daquilo que nos rodeia?

Decisões importantemente triviais, iPhone, milho e coronavírus

Parece óbvio, mas são tantas as obviedades que nos atingem em algum momento da vida que essa mereceu um post. Yuval Harari, professor e escritor israelense, alçado ao mundo na última década pelo seu Sapiens: uma breve história da humanidade, traz entre várias doses de conjecturas ou acontecimentos históricos (e, com o perdão da redundância, pré-históricos!) a discussão do porquê os eventos mais importantes e, também os triviais, da história aconteceram.

A falácia que acompanha normalmente nosso pensamento vem desde o ensino escolar que conta a história como uma sucessão de acontecimentos inevitáveis e explica o contexto que permitiu tudo acontecer (o “como”) em vez do “por que”, nos levando ao caminho do erro, de pensar, por exemplo, que a globalização, o smartphone, as grandes religiões e comermos milho na Alemanha, na Turquia e no Brasil é algo que não tinha outro rumo senão acontecer na história. Na verdade, todos esses eventos (as trocas de produtos e redução de barreiras nas fronteiras entre país que são embrião da globalização, o progresso científico que levou um Steve Jobs a um palco apresentar seu iPhone, ou as migrações dos homo sapiens levando suas crenças/religiões ou o plantio dos mesmos alimentos a todos os continentes) foram acontecimentos usuais no curso da história do seus protagonistas.

Enquanto a história está sendo escrita, sempre teremos uma infinidade de caminhos que podemos seguir com ela e, independente do escolhido, nunca saberemos o quão importante com certeza ele será para a nossa vida e para a humanidade. Um exemplo oportuno que Harari faz questão de usar é o de Constantino, imperador romano que trocou a religião do Império Romano para o cristianismo, que sequer imaginou que essa sua decisão implicaria que 2,3 bilhões de pessoas hoje se identificassem com essa crença. Para ele, foi apenas uma decisão.

Assim é, com grandes decisões para a humanidade, mas também se aplica ao nosso cotidiano. Vivendo sob um mundo que respira e pede mudanças em 2020, impulsionadas pela pandemia de coronavírus, sabemos que mudanças virão, mas certamente seus atores (dos criadores de uma vacina eficaz a você e eu) que desempenharão seus papéis não tem consciência do todo que representam suas ações para o prisma de médio e longo prazo.

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Toda semana um post. Ou seu dinheiro de volta.

Chuva Urbana

Quando chove tudo muda.

O tempo é o mesmo. As pessoas são as mesmas

Mas os sons. Ah, os sons. Esses são diferentes.

As praças ficam vazias. Não há mais risos de crianças ou o coletivo de sons que pessoas fazem em grupo que estando longe apenas se sabe que há vida naquele lugar. Mas ainda há vida, a natureza no seu estado mais primitivo. Sempre esteve ali. E assim deseja permanecer (se nós deixarmos).

Nas ruas, só quem precisa estar. Carros trafegam por poças que antes eram apenas buracos. Passos apressados. Conhece-se até as preferências dos calçados de cada um apenas pelos sons. As conversas cessam. Pragmatismo e objetividade.

Um convite a investir esse tempo numa incrível experiência de sinestesia, na audição e reflexão, ou em apressar as atividades para da chuva escapar. Depende de onde você está.

Aos poucos, mais ou menos tarde, pássaros cantam em algum lugar e entre alguma buzina de carro e outra, você percebe que aquele momento está acabando, a chuva se foi. Você a aproveitou como deveria? Para quem consegue, a beleza e a ironia – da experiência e da vida – no final das contas era apenas água. Do céu.

 

Conceito

Conceito é uma palavra que traduz uma ideia. Uma ideia inteira que então fica “presa” a algumas letras, que pode ser colocada em frases, conversas, músicas ou camisetas. Quando paramos para pensar em como esse lado angustiante da linguagem é tão limitador, em especial, ideias mais belas por natureza parecem as mais prejudicadas. Como disse Oscar Wilde “definir é limitar”. Então, se não nos escapamos de criar e popularizar conceitos, que o façamos não como quem reza um Pai Nosso sem se dar por conta do que fala e sim, como quando se demora uma eternidade para ler um parágrafo justamente porque por trás de cada palavra há uma ideia e, normalmente, uma história. Ao nos depararmos com alguma placa com dizeres fora do comum em locais públicos (“não alimente os jacarés”, “antes de entrar no elevador certifique-se de que ele realmente está no andar”) logo imaginamos que toda placa tem uma história que levou ela a ser colocada lá. Assim são as palavras. Todas.

Talvez o mais divisivo e explorado conceito da história humana é o da felicidade. Sem pretensão alguma de querer definir algo que sempre soubemos mais sentir do que quantificar é bom conhecer o que já foi dito sobre o assunto. Um  bom começo é o vídeo do professor e palestrante Clóvis de Barros Filho que, em 34 minutos, aborda de uma forma leve as caracterizações desse conceito através dos olhos de Aristóteles, Jesus e Espinoza.

 

Ainda, o aspecto mais fascinante deste vídeo na minha opinião é a revolução que Jesus trouxe com sua ideia de felicidade. Algo que, seja você cristão, ateu ou religioso de qualquer tipo de espiritualidade, há de se admitir que foi único e dividiu o mundo de forma muito mais importante que o calendário (a.c./d.c.), pois foi pela primeira vez (documentada) os ideais de amor fraterno entre todos como felicidade foram tão bem pontuados. A este, a chamada Oração de São Francisco, é a síntese da filosofia mais pura sobre o que pode ser o conceito de felicidade.

Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó mestre, fazei que eu procure mais consolar do que ser consolado
Compreender do que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois, é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado;
E morrendo que se vive
Para a vida eterna

A nossa riqueza

Medir e falar de números sempre esteve ao lado das ciências exatas e distante demais das humanas. Neste processo de 8 ou 80, yin ou yang, esta separação trouxe uma perda de oportunidades a ambas as áreas. Um exemplo clássico, que condiz e muito com a nossa época, é a forma de categorizar a classe social. Polêmica por natureza, pode vir pelo questionamento a um entrevistado sobre a renda familiar ou sobre quantidade de bens que possui, cujo somatório é apresentado através de um método chamado “Critério Brasil”.

Antes de discorrer sobre a eficácia de tais métodos, é oportuno falar deste Critério Brasil, que transforma em pontos a quantidade de atributos no domicílio e a escolaridade do chefe da família da forma que as tabelas abaixo denotam.

1

De acordo com a pontuação obtida, o domicílio será classificado em seis estratos socioeconômicos: A, B1, B2, C1, C2 e D-E.

2

Quanto mais se dedica tempo a essa metodologia, ainda considerada de grande eficácia nas pesquisas, mais se percebe que ela é falha e que falhamos nas coisas mais óbvias.

Inicialmente, personifica em uma pessoa, o “chefe da família”, num conceito retrógrado que remete ao patriarcado antigo, a responsabilidade do sucesso de todos. Além disso, atribui importância desmedida aos bens/cômodos de uma moradia. Aí está o maior questionamento filosófico, que se estende não só ao método, mas a percepção social (pois, embora discorde deste critério, ele representa infelizmente ainda, um senso comum), a falácia de que a maior quantidade de bens indica maior riqueza. A este critério o investimento de tempo e dinheiro em projetos sociais é muito menor do que dois micro-ondas na cozinha. Afinal, quem prefere ajudar ao outro quando se pode ter um copo de leite e um prato de comida aquecidos ao mesmo tempo? Mais do que isso, é de certa forma uma apologia a uma vida de consumo, orientada a posses e sua divulgação alimenta um sonho distorcido a tantos que buscam melhores condições financeiras de que para se elevar de classe, implica adquirir, comprar e ter.

Na contramão deste, o sociólogo Jessé Souza (autor de A Elite do Atraso e A Classe Média no Espelho, entre outros) traz uma classificação menos econômica e mais social e cultural às classes: com sabedoria classifica a classe alta como elite proprietária, de grandes extensões de terra ou dos meios de produção, e a classe média vinculada a educação, ao privilégio positivo de estudar, de receber educação (da família principalmente) que estimula capacidade de pensar, que faz enxergar toda a complexidade que há no mundo e estimula a capacidade de pensamento abstrato. Além de estar implícita uma crítica a ideologia da meritocracia aí, traz de forma simples a importância da educação, da família, de aspectos sociais a um tema – classe socioeconômica – atualmente muito mais associado a cifrões que ao modo de pensar.

Então, por que abordar e questionar esses métodos atuais? Porque são os dados obtidos através deles que ditam políticas de governo e estudos sociais aplicados. Também porque espalhar e questionar esse senso de certeza quanto ao método de medir é o princípio para muda-lo e, aprender que numa discussão de métodos e números, nem só um pensamento puramente cartesiano pode ser ouvido.

Mais sobre esse raciocínio de Jessé Souza pode ser visto nessa entrevista:

Vem pra rua ?

Na nossa humilde e falha condição humana tendemos a cunhar mais valor a ideias e discursos embasados por citações de ilustres personas. Mesmo que muitas vezes totalmente fora de contexto, as citações conferem brilho a discursos que enxergaríamos como “pobres” sem elas. Deste modo, por exemplo, pastores, padres e ateus citam os mesmos versículos bíblicos para argumentar ideias opostas. Mais recentemente, filósofos já falecidos são lembrados (especialmente em redes sociais) para justificar o cenário político nacional e as ações que devem ser tomadas.

Um exemplo desses é Martin Luther King e sua frase de que “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. A forte e contundente afirmação forte nos chama a opinar, nos posicionar. Embora ficar a parte de qualquer discussão possa ser a solução mais cômoda e conveniente para ficar “de bem” com qualquer um dos (diversos) lados que sair “vencedor” é um desperdício de vida apenas assisti-la. Por isso, nesse momento de enorme ebulição na nossa política, com protestos nas ruas, atenção midiática pelos desdobramentos em Brasília, parece me óbvio o quadro patético da nossa estrutura política: situação e oposição com preocupações apenas consigo mesmo, isto é, com (e em como) ter o poder para si. Assim, milhões vão as ruas em posições opostas, querendo melhores condições sociais e econômicas, mas antes de tudo, como peões no tabuleiro dos caciques políticos.

Com grande dificuldade por não saber dialogar e imensa falta de carisma, Dilma vem fazendo uma péssima gestão no Poder Executivo. Daquelas que se fosse numa empresa do setor privado, já estaria no mercado de trabalho procurando emprego. Mas, em um país não é assim. A constância de seus governantes é um dos principais elementos de soberania nacional. Dito isso, os avanços (sociais) do governo Lula ficaram pequenos para a sede de poder traduzida em corrupção que o PT teve ao assumir o poder em 2003. Vinculado a um estandarte antigo de ser “diferente” trilhou os mesmos caminhos de seus antecessores no assunto corrupção.

Por isso, é difícil, na minha opinião, imaginar que um impeachment, ou mecanismo de igual efeito tenha impacto de realmente mudar algo drasticamente. A estrutura é a mesma e os vícios são conhecidos. Sair às ruas revela o descontentamento, a desilusão, a sede de mudança. Mas não o compromisso de mudar. Dilma, Lula, Aécio, Serra, Temer, Renan e Cunha  – só para citar alguns. Alguém realmente acredita que a mudança virá da mão, mente e “bolso” de um deles? Eu não.

Porém, se conscientes e céticos quanto a isso, soubermos entender e nos contentar com breves períodos de euforia (em 2010-11 o grito de oposição a Lula era abafado pelo crescimento econômico – ilusório a médio prazo) vale a pena ir as ruas e defender nossa posição, nem que seja pelo “último gás da Coca”.

Breve devaneio

Houve certa vez em que associar poesia a arte com refinamento era motivo de estranheza para mim. Hoje, certo da indecência desse pensamento, julgo que a magnitude que qualquer expressão artística possa ter passa, necessariamente, por encontrar os exemplares certos. Certos para cada um, que estejam alinhados com o que pensamos, procuramos, somos. Mesmo que em constante mutação, sempre há filme, música, livro, poesia, grafite que vai identificar nosso desejo e/ou estado de espírito.

Depois de muitos Leminskis e Quintanas, me deparo com esse pequeno pedaço de perfeição de Cecília Meireles (extraído de Cânticos) que, num sábado com cara de outono, cai como uma luva.

 

I

Não queiras ter Pátria.

Não dividas a Terra.

Não dividas o Céu.

Não arranques pedaços ao mar.

Não queiras ter.

Nasce bem alto,

Que as coisas todas serão tuas.

Que alcançarás todos os horizontes.

Que o teu olhar, estando em toda a parte

Te ponha em tudo,

Como Deus.

 

II

 

Não sejas o de hoje.

Não suspires por ontens…

Não queiras ser o de amanhã.

Faze-te sem limites no tempo.

Vê a tua vida em todas as origens.

Em todas as existências.

Em todas as mortes.

E sabe que serás assim para sempre.

Não queiras marcar a tua passagem.

Ela prossegue:

É a passagem que se continua.

É a tua eternidade…

É a eternidade.

És tu.

 

III

 

Não digas onde acaba o dia.

Onde começa a noite.

Não fales palavras vãs.

As palavras do mundo.

Não digas onde começa a terra.

Onde termina o Céu.

Não digas até onde és tu.

Não digas desde onde é Deus.

Não fales palavras vãs.

Desfaze-te da vaidade triste de falar.

Pensa, completamente silencioso.

Até a glória de ficar silencioso.

Sem pensar.

 

IV

 

Adormece o teu corpo com a música da vida.

Encanta-te.

Esquece-te.

Tem por volúpia a dispersão.

Não queiras ser tu.

Quere ser a alma infinita de tudo.

Troca o teu curto sonho humano

Pelo sonho imortal.

O único.

Vence a miséria de ter medo.

Troca-te pelo Desconhecido.

Não vês, então, que ele é maior?

Não vês que ele não tem fim?

Não vês que ele és tu mesmo?

Tu que andas esquecido de ti?

 

V

 

Esse teu corpo é um fardo.

È uma grande montanha abafando-te.

Não te deixando sentir o vento livre

Do Infinito.

Quebra o teu corpo em cavernas

Para dentro de ti rugir

A força livre do ar.

Destrói mais essa prisão de pedra.

Faze-te recepo.

Âmbito.

Espaço.

Amplia-te.

Sê o grande sopro

Que circula…

 

VI

 

Tu tens um medo:

Acabar.

Não vês que acabas todo dia.

Que morres no amor.

Na tristeza.

Na dúvida.

No desejo.

Que te renovas todo dia.

No amor.

Na tristeza.

Na dúvida.

No desejo.

Que és sempre outro.

Que és sempre o mesmo.

Que morrerás por idades imensas.

Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

 

Um pouco de combustível para as reflexões de fim de ano

Pra ser sincera, final de ano é uma época conhecida pelas festas, viagens, presentes e, para muitos, também é um momento para reflexão. Seja para fazer um balanço do ano que se encerra, seja para planejar o ano que irá se iniciar, esse tipo de atividade é sempre bem-vindo (e não só no final do ano, é claro)!

E para melhorar ainda mais a experiência, aí vai uma lista com 5 vídeos, sobre assuntos variados, abordados por pessoas inspiradoras e que, apesar de suas curta duração, tem o potencial de provocar reflexões muito interessantes. Vale muito a pena o play!

(OBS.: todos os vídeos são TED/xTalks. Para conhecer melhor sobre esse fenomenal movimento de disseminação de ideias, confira aqui)

5. Terry Moore: Por que o X representa o desconhecido?

Citação: “Eu tenho a resposta a uma questão que todos nos perguntamos. A questão é: Por que a letra X representa o desconhecido?”

Duração: 03 min

4. Cameron Russell: Aparência não é tudo. Acreditem, sou modelo.

Citação: “Eu acabei de transformar completamente o que vocês pensavam de mim em seis segundos.”

Duração: 09 min

3. Drew Dudley: Liderança de cada dia

Citação: “E aquele foi um momento de transformação, me abriu os olhos pensar que talvez o maior impacto que tinha causado na vida de alguém, um momento capaz de fazer uma mulher se dirigir a um estranho quatro anos depois e dizer “Você foi incrivelmente importante na minha vida”, foi um momento do qual eu nem me lembrava”.

Duração: 06 min

2. Molly Crockett: Cuidado com a neuro-bobagem

Citação: “É claro, se a ciência diz que queijo e chocolate ajudam você a tomar decisões melhores, com certeza isso prende a atenção das pessoas […] Então, o que eu vou fazer é mostrar a vocês como checar algumas manobras clássicas e sinais óbvios, na verdade, para o que tem sido chamado de neuro-bobagem, neuro-besteira ou, como prefiro, neuro-absurdo”

Duração: 11 min

1. Dan Gilbert: Por que somos felizes?

Citação: “[…] um ano depois de perder o controle das pernas, e um ano depois de ganhar na loteria, sortudos e paraplégicos estão igualmente felizes com suas vidas”.

Duração: 21 min

E você? Tem algum TED/xTalk especial que merece ser espalhado? Conte aqui para a gente 🙂

E caso queira ver mais ideias que merecem ser espalhadas, é só procurar sobre os assuntos que lhe interessam no site do TED.