Como o Oscar ocorre no domingo próximo, encerro aqui o ano de 2015 – e não no dezembro passado, como 99% das pessoas, pois muitos filmes de 2015 só chegaram ao Brasil nestes primeiros meses do ano – neste “balanço” cinematográfico.
Se premiações de cinema fossem o espelho para classificar os melhores e não apenas a opinião de um grupo de “formadores de opinião”, eu começaria a me preocupar com o ano de 2015 e com minhas preferências cinematográficas. Dos últimos anos, certamente 2015 foi o ano em que minha lista de melhores destoou mais aos indicados de Oscar, Globos de Ouro e afins.
Dito isso, inegável que as temáticas que trazem as minorias raciais/de gênero/de sexo ao protagonismo foram um dos pontos recorrentes em grande parte da minha lista de melhores (a citar o protagonismo feminino em Mad Max, Acima das Nuvens, Cinco Graças; o protagonismo dos negros em Straight Outta Compton ou Creed e a diversidade sexual em Tangerine, por exemplo).
O segundo e vital ponto da minha lista é a consolidação da importância das animações como obras de alto teor filosófico e contemplativo. O topo da minha lista possui dois exemplares de filosofia da maior qualidade em forma de animação.
Para fechar o breve resumo do ano, é espantoso como tivemos muitas atuações geniais em papeis coadjuvantes (em especial para os atores que, em minha opinião, tem a categoria das premiações disputada em melhor nível), ao contrário e atuações principais que foram mais escassas de genialidade.
Antes da lista, propriamente dita, se eu fosse um dos votantes em premiações nesse ano, meus votos seriam assim:
- Melhor filme: Divertidamente
- Pior Filme do Ano: Sob o mesmo céu (Aloha)
- Melhor diretor: George Miller (Mad Max)
- Melhor roteiro: Creed – Nascido para Lutar
- Melhor ator: Leonardo DiCaprio em O Regresso
- Melhor atriz: Rooney Mara em Carol
- Melhor ator coadjuvante: Idris Elba em Beasts of No Nation
- Melhor atriz coadjuvante: Alicia Vikander em A Garota Dinamarquesa
- Melhor fotografia: O Regresso
- Melhor animação: Divertidamente
- Filmes Mais Superestimados: Sicario, Ex-Machina
A maior prova de um ano com qualidade inegável foi agrupar todos os meus favoritos em uma lista. Portanto, tomei a liberdade de elencar o meus 20 melhores na lista abaixo
20 – Tomorrowland – Um Lugar onde nada é impossível (Tomorrowland), de Brad Bird
19 – Homem Formiga (Ant Man), de Peyton Reed
18 – O Quarto de Jack (Room), de Lenny Abrahamson
17 – Spotlight: Segredos Revelados (Spotlight), de Tom McCarthy
16 – Os Oito Odiados (The Hateful Eight), de Quentin Tarantino
15 – Anomalisa (Anomalisa), de Charlie Kaufman
14 – Cartel Land, de Matthew Heineman
13 – Creed: Nascido para Lutar (Creed), de Ryan Coogler
12 – Star Wars: O despertar da Força (Star Wars: The Force Awakens), de JJ Abrams
11 – Tangerine, de Sean Baker
10 – O Menino e o Mundo, de Alê Abreu
9 – Cinco Graças (Mustang), de Deniz Gamze Ergüven
8 – Que Horas Ela Volta, de Ana Muylaert
7 – Straight Outta Compton – A história do N.W.A. (Straight Outta Compton), de F. Gary Grey
6 – Acima das Nuvens (Clouds of Sils Maria), de Olivier Assayas
O Top5:
5 – Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road), de George Miller
4 – O pequeno Quinquin (Li’l Quinquin), de Bruno Dumont
3 – Cobain: Montage of a Heck, de Brett Morgan
2 – World of Tomorrow, de Don Hertzfeldt
1 – Divertidamente (Inside Out), de Pete Docter